"No México, a festa dos mortos é uma festa, não um dobre
lamurioso pelos que se foram. Há piqueniques nos cemitérios e,
no interior do país, narram histórias de aldeias que desenterravam
os mortos e contavam alegremente o que tinha acontecido
durante o ano. Por todos os lados, emerge a figura do deus do
infra-mundo (o Mictlan), conhecido pelos indígenas como
Mictlantecuhtli. Nos últimos anos, nos centros maiores,
ocorre uma fusão do dia dos mortos com o Halloween de
ascendência anglo-saxã. Hoje não é raro ver crianças
mexicanas portando uma cesta em forma de abóbora de
plástico, em clara referência às travessuras do dia das bruxas
dos EUA."
durante o ano. Por todos os lados, emerge a figura do deus do
infra-mundo (o Mictlan), conhecido pelos indígenas como
Mictlantecuhtli. Nos últimos anos, nos centros maiores,
ocorre uma fusão do dia dos mortos com o Halloween de
ascendência anglo-saxã. Hoje não é raro ver crianças
mexicanas portando uma cesta em forma de abóbora de
plástico, em clara referência às travessuras do dia das bruxas
dos EUA."
(Vários Autores - As religiões que o mundo esqueceu)
"O Martelo das Feiticeiras (Malleus Maleficarum) é um dos livros
mais importantes da cultura ocidental, tanto para os leitores que se
interessam pela história quanto para aqueles que estudam a história do
pensamento e das leis. Documento fundamental do pensamento
pré-cartesiano, bem como um dos mais importantes depositórios das leis
que vigoravam no Estado teocrático, revela as articulações concretas
entre sexualidade e poder, e por isso é uma peça única para todos
aqueles que estudam a profundidade da psique humana e o funcionamento
das sociedades.
Durante quatro séculos este livro foi o manual oficial da
Inquisição para a caça as bruxas. Levou à tortura e à morte mais de 100
mil mulheres sob o pretexto, entre outros, de "copularem" com o demônio.
Esse genocídio foi perpetrado na época em que formavam as sociedades
modernas européias. Uma das conseqüências apontadas pelos especialistas,
foi tornar dóceis e submissos os corpos das mulheres posteriormente.
(...) Durante três séculos o Malleus foi a bíblia dos Inquisidores e
esteve na banca de todos os julgamentos. Quando cessou a caça às bruxas,
no século XVIII, houve grande transformação na condição feminina.
A sexualidade se normatiza e as mulheres se tornam frígidas, pois
orgasmo era coisa do diabo e, portanto, passível de punição.
Reduzem-se exclusivamente ao âmbito doméstico, pois sua ambição também
era passível de castigo. O saber feminino popular cai na clandestinidade,
quando não é assimilado como próprio pelo poder médico masculino
já solidificado. As mulheres não têm mais acesso ao estudo como na
Idade Média e passam a transmitir voluntariamente a seus filhos
valores patriarcais já então totalmente introjetados por elas."
(Henrich Kramer -&James Sprenger - O martelo das feiticeiras)
mais importantes da cultura ocidental, tanto para os leitores que se
interessam pela história quanto para aqueles que estudam a história do
pensamento e das leis. Documento fundamental do pensamento
pré-cartesiano, bem como um dos mais importantes depositórios das leis
que vigoravam no Estado teocrático, revela as articulações concretas
entre sexualidade e poder, e por isso é uma peça única para todos
aqueles que estudam a profundidade da psique humana e o funcionamento
das sociedades.
Durante quatro séculos este livro foi o manual oficial da
Inquisição para a caça as bruxas. Levou à tortura e à morte mais de 100
mil mulheres sob o pretexto, entre outros, de "copularem" com o demônio.
Esse genocídio foi perpetrado na época em que formavam as sociedades
modernas européias. Uma das conseqüências apontadas pelos especialistas,
foi tornar dóceis e submissos os corpos das mulheres posteriormente.
(...) Durante três séculos o Malleus foi a bíblia dos Inquisidores e
esteve na banca de todos os julgamentos. Quando cessou a caça às bruxas,
no século XVIII, houve grande transformação na condição feminina.
A sexualidade se normatiza e as mulheres se tornam frígidas, pois
orgasmo era coisa do diabo e, portanto, passível de punição.
Reduzem-se exclusivamente ao âmbito doméstico, pois sua ambição também
era passível de castigo. O saber feminino popular cai na clandestinidade,
quando não é assimilado como próprio pelo poder médico masculino
já solidificado. As mulheres não têm mais acesso ao estudo como na
Idade Média e passam a transmitir voluntariamente a seus filhos
valores patriarcais já então totalmente introjetados por elas."
(Henrich Kramer -&James Sprenger - O martelo das feiticeiras)
Os primeiros xamãs tiveram base na Sibéria, mas há boa parte deles ainda hoje na Nova Guiné e no México (Rev.Sexto Sentido nº 05/36).
Do Xamanismo, muito mais antigo, derivou a Wicca, proveniente dos antigos celtas, que nos deram o Halloween (festa das bruxas em homenagem aos mortos). Vem ganhando adeptos em todo o mundo por crer na religação do homem com o princípio divino encontrado em todas as dimensões, visíveis e invisíveis. Enquanto as religiões em geral pregam um mundo ideal, fora do alcance do ser humano comum, a Wicca considera que a divindade está presente em tudo, o tempo todo. Por isso, todos os lugares e momentos são bons para reverenciá-la, sem a necessidade de se reencarnar. Mas há outras religiões xamânicas, como a indígena e a africana.
É um agrupamento que não tem dogmas e a tudo permite, desde que não se prejudique ninguém, nem a natureza, sob pena de receber o mal em triplo. Na Wicca também não são realizados sacrifícios de animais e os seus rituais não lidam exclusivamente com feitiços. Para êles, nossos corpos são naturalmente sãos e os males do mundo, na ordem física, mental ou espiritual, é que os tornam doentes. Por isso, seus contactos podem ser de cura, de reverência, de agradecimentos ou de esclarecimentos. Às vezes também se usam mandingas, patuás e benzeduras, como bruxaria disfarçada.
Nos Estados Unidos existem sub-seitas variadas: uma só de 13 mulheres, outra cujos membros praticam os rituais sem qualquer roupa (como que a exporem a alma limpa), outras que só se apresentam ao ar livre etc. Nas práticas ritualisticas, são utilizados instrumentos como o cálice (representando a água), o bastão (representando o fogo), o punhal (representando o ar) e a estrela de cinco pontas (representando a terra). Empregam também velas, incensos, vestes (principalmente a negra) e outros apetrechos. Também realizam casamentos, batizados etc., através de seus sacerdotes (Rev. Sexto Sentido nº 11/20).
(Laurundo Toretta - Deus, as religiões e o universo)