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XAMANISMO – WICCA

por Thynus, em 31.10.14
 "No México, a festa dos mortos é uma festa, não um dobre 
lamurioso pelos que se foram. Há piqueniques nos cemitérios e,
 no interior do país, narram histórias de aldeias que desenterravam 
os mortos e contavam alegremente o que tinha acontecido
durante o ano. Por todos os lados, emerge a figura do deus do
infra-mundo (o Mictlan), conhecido pelos indígenas como
Mictlantecuhtli. Nos últimos anos, nos centros maiores,
ocorre uma fusão do dia dos mortos com o Halloween de
ascendência anglo-saxã. Hoje não é raro ver crianças
mexicanas portando uma cesta em forma de abóbora de
plástico, em clara referência às travessuras do dia das bruxas
dos EUA."
(Vários Autores - As religiões que o mundo esqueceu)
 
"O Martelo das Feiticeiras (Malleus Maleficarum) é um dos livros
mais importantes da cultura ocidental, tanto para os leitores que se
interessam pela história quanto para aqueles que estudam a história do
pensamento e das leis. Documento fundamental do pensamento
pré-cartesiano, bem como um dos mais importantes depositórios das leis
que vigoravam no Estado teocrático, revela as articulações concretas
entre sexualidade e poder, e por isso é uma peça única para todos
aqueles que estudam a profundidade da psique humana e o funcionamento
das sociedades.
Durante quatro séculos este livro foi o manual oficial da
Inquisição para a caça as bruxas. Levou à tortura e à morte mais de 100
mil mulheres sob o pretexto, entre outros, de "copularem" com o demônio.
Esse genocídio foi perpetrado na época em que formavam as sociedades
modernas européias. Uma das conseqüências apontadas pelos especialistas,
foi tornar dóceis e submissos os corpos das mulheres posteriormente.

(...) Durante três séculos o Malleus foi a bíblia dos Inquisidores e
esteve na banca de todos os julgamentos. Quando cessou a caça às bruxas,
no século XVIII, houve grande transformação na condição feminina.
A sexualidade se normatiza e as mulheres se tornam frígidas, pois
orgasmo era coisa do diabo e, portanto, passível de punição.
Reduzem-se exclusivamente ao âmbito doméstico, pois sua ambição também
era passível de castigo. O saber feminino popular cai na clandestinidade,
quando não é assimilado como próprio pelo poder médico masculino
já solidificado. As mulheres não têm mais acesso ao estudo como na
Idade Média e passam a transmitir voluntariamente a seus filhos
valores patriarcais já então totalmente introjetados por elas." 

(Henrich Kramer -&James Sprenger - O martelo das feiticeiras)
 
Nas civilizações primitivas, os xamãs eram considerados feiticeiros, com grandes privilégios em suas tribos. Faziam rituais de purificação, exorcismo e comunicação com os espíritos, mediante uma alteração no seu estado de consciência. Essa comunicação não se fazia como no espiritismo, porque não havia incorporação de entidades do outro mundo (anjos ou animais). Ingerindo poções de vegetais, dentre as quais o cogumelo com psilocibina e a “ayahuasca”, êle se transportava, como um fenômeno paranormal, até o centro de dimensões diferentes onde aquelas entidades buscam o nosso contacto. Dizem que o transe xamânico costuma levar os praticantes a locais maravilhosos. Por isso, sem serem magos ou curandeiros, alcançam clarividência e são capazes de curas milagrosas.
Os primeiros xamãs tiveram base na Sibéria, mas há boa parte deles ainda hoje na Nova Guiné e no México (Rev.Sexto Sentido nº 05/36).
Do Xamanismo, muito mais antigo, derivou a Wicca, proveniente dos antigos celtas, que nos deram o Halloween (festa das bruxas em homenagem aos mortos). Vem ganhando adeptos em todo o mundo por crer na religação do homem com o princípio divino encontrado em todas as dimensões, visíveis e invisíveis. Enquanto as religiões em geral pregam um mundo ideal, fora do alcance do ser humano comum, a Wicca considera que a divindade está presente em tudo, o tempo todo. Por isso, todos os lugares e momentos são bons para reverenciá-la, sem a necessidade de se reencarnar. Mas há outras religiões xamânicas, como a indígena e a africana.
É um agrupamento que não tem dogmas e a tudo permite, desde que não se prejudique ninguém, nem a natureza, sob pena de receber o mal em triplo. Na Wicca também não são realizados sacrifícios de animais e os seus rituais não lidam exclusivamente com feitiços. Para êles, nossos corpos são naturalmente sãos e os males do mundo, na ordem física, mental ou espiritual, é que os tornam doentes. Por isso, seus contactos podem ser de cura, de reverência, de agradecimentos ou de esclarecimentos. Às vezes também se usam mandingas, patuás e benzeduras, como bruxaria disfarçada.
Nos Estados Unidos existem sub-seitas variadas: uma só de 13 mulheres, outra cujos membros praticam os rituais sem qualquer roupa (como que a exporem a alma limpa), outras que só se apresentam ao ar livre etc. Nas práticas ritualisticas, são utilizados instrumentos como o cálice (representando a água), o bastão (representando o fogo), o punhal (representando o ar) e a estrela de cinco pontas (representando a terra). Empregam também velas, incensos, vestes (principalmente a negra) e outros apetrechos. Também realizam casamentos, batizados etc., através de seus sacerdotes (Rev. Sexto Sentido nº 11/20).

(Laurundo Toretta - Deus, as religiões e o universo)

publicado às 22:58



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