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De tudo e de nada, discorrendo com divagações pessoais ou reflexões de autores consagrados. Este deverá ser considerado um ficheiro divagante, sem preconceitos ou falsos pudores, sobre os assuntos mais variados, desmi(s)tificando verdades ou dogmas.
Foi quebrado o silêncio sobre o fenômeno da pedofilia entre os padres. As pessoas querem saber. Este livro recolhe as vozes e é o resultado do trabalho daqueles que durante anos trabalharam para recolher a verdade e denunciá-la. Contra uma conspiração de silêncio também apoiada pela hierarquia da Igreja preocupada antes de mais em não fazer emergir o fenômeno, e muito menos em pará-lo ou e em ajudar as vítimas. Dois dados, entre outros: em Itália os casos conhecidos de abusos de clérigos são cerca de cinqüenta, mas os relatórios e pedidos de ajuda são centenas. Menos de 10% do clero observa o celibato. A lista dos padres condenados por pedofilia é longa e está disponível. No livro são citados muitos desses episódios com nomes e sobrenomes. O de Don Pierangelo Bertagna (Abadia de Farneta, Arezzo) é o mais grave e chocante: em 2005, confessou ter abusado de 30 crianças entre 8 e 15 anos. Mas a intenção da autora (psicóloga e jornalista) é entender por que esta tragédia aconteceu. E dá a palavra a quem de dentro da Igreja vive de maneira contaditória o problema da sexualidade. Como é a educação nos seminários, quais são os hábitos, o que se faz. E eis que surge um quadro alarmante: a ausência de um desenvolvimento psico-sexual normal pode explicar a tendência à pedofilia. Não é uma coincidência que todas as dioceses dos E.U.A recentemente tenham fechado os seminários menores. A Convenção da ONU sobre os Direitos da criança (nunca assinada pelo Vaticano), proíbe o recrutamento fora do ambiente familiar. Mas, entretanto, em Itália, há ainda 123 seminários menores. O mesmo acontece em quase todos os países do Mundo onde a Igreja Católica se instalou.