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De tudo e de nada, discorrendo com divagações pessoais ou reflexões de autores consagrados. Este deverá ser considerado um ficheiro divagante, sem preconceitos ou falsos pudores, sobre os assuntos mais variados, desmi(s)tificando verdades ou dogmas.
A Revolução Sexual começou com Lilith e sua maçã à Eva, a sexualidade ficou conectada com a expulsão do Paraíso e com a necessidade de esconder a nudez.
Talvez esta procura pela volta à este paraíso acompanhe o ser humano até os nossos dias. A procura do “Orgasmo Cósmico”.
Através da minha vivência clínica e dos meus estudos sobre sexualidade e da minha experiência como trainer “viajante” pelo mundo, trabalhando no Brasil, na Europa e na Ásia, e depois de viver a sexualidade em corpos e culturas tão diferentes, fui tomada pelo desejo de dedicar-me a estudá-la e a compreender sua expressão nas diferentes culturas. Como diz Reich:
“A forma como um povo se expressa nas palavras, no corpo, nos gestos é a maneira como ele se expressa na política e no social que constitui uma nação”.
A Sexualidade já aparece na história das culturas orais. O erotismo das canções, das poesias, enredada nas histórias da vida eclesiástica. Nessas canções, sempre se falava do corpo e principalmente do corpo da mulher. Esta sexualidade ficava a parte da família, a sexualidade era baseada na exigência da reprodução. A partir disso, desenvolveram-se zonas específicas para a localização de prostíbulos, onde tudo era permitido e experimentado em relação a sexualidade.
A visão do corpo na cultura do século XVI passa a ser notada no campo da sexualidade como produtora de capital. Ao colocarem a cortesã no centro da sociedade, acontece uma transformação do comportamento urbano tradicional. O sexo e o dinheiro são percebidos como um jogo todo poderoso. Este jogo erótico era delegado as prostitutas e as cortesãs, e era executado fora dos círculos familiares.
Como resultado da grande movimentação em torno destas atividades, as cortesãs foram-se tornando “investidoras e investimento”. Tinham funções importantes no controle das atividades ‘proibidas’.
Daí por diante, a magia do sexo perdeu sua função e a linguagem do corpo passou a estar em primeiro lugar. Seguindo a cronologia, não poderia deixar de citar Freud: “Freud teria descoberto a sexualidade e inventando a ciência do sexual” – André Béjin – Crepúsculo dos Psicanalistas, manhã dos sexólogos.
“O nascimento da sexologia atual, começou a partir da 1º Guerra Mundial, pois foi em 1922 que Reich descobriu o que chama de verdadeira natureza da potência orgástica. Em 1948, Kinsey publica o primeiro livro. A Sexologia circunscreve e define neste 4º século o seu problema central: O Orgasmo. Antes disso o mundo conhecia apenas a função de reprodução. A função do orgasmo torna-se neste modo a unidade de medida do funcionamento psico-físico porque é nela que se expressa a função da energia biológica”. A unidade funcional.
(ZINK, Liane - Sexualidade – de Reich ao contemporâneo)
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