Do mesmo modo como freqüentemente a inteligência do meu cão e, de vez em quando, sua estupidez me surpreenderam, tive experiência semelhante com o gênero humano. Inúmeras vezes a incapacidade, a total falta de discernimento e a bestialidade deste último me indignaram e me arrancaram o antigo suspiro:
Ilumani generis mater nutrixque profecto stultitia est
[A estultícia é, de fato, a mãe e a ama-de-leite do gênero humano].
O mundo não é uma obra malfeita, e os animais não são produtos fabricados para o nosso consumo. [...] Aconselho os fanáticos e os padres a não se contradizerem muito nessa questão: pois, desta vez, não apenas a verdade, mas também a moral está do nosso lado.
(Arthur Schopenhauer - A ARTE DE INSULTAR)