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POR MAIS QUE NÓS nos recusemos a aceitar, o passado é um episódio concluído e o futuro, um tempo incerto que ninguém pode garantir. É comum projetar as esperanças em fatos que, por não terem acontecido ainda, aparentemente podem ser modificados à vontade. Mas não é o que de fato acontece.
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É claro que devemos lutar contra uma sociedade que só transmite mensagens para o futuro; que nos aconselha a pagar a prazo, fazer hipotecas, trabalhar muito agora para aproveitar depois e que, definitivamente, anula o momento presente.
Mas a realidade é que só podemos moldar o hoje.
No início do século XX, o escritor Henry James fez menção a essa frase: “Viva tudo que puder; não fazer isso é um erro. Não importa tanto o que você vai fazer, desde que tenha sua vida. Se não tiver isso, o que vai ter? O momento apropriado é qualquer um que a gente ainda tenha a sorte de ter. Viva!”
No mesmo sentido, o escritor e moralista francês Jean de La Bruyère se pronunciou com a célebre frase: “As crianças não têm passado nem futuro, por isso desfrutam do presente, coisa que raramente ocorre conosco.”
Pode ser que La Bruyère tenha atingido o ponto central desse assunto ao elogiar a valorização da vida por parte das crianças. Elas são as únicas que entendem que o presente é o único momento que podem controlar de acordo com sua vontade.
(Allan Percy - Einstein para despistados)
(Allan Percy - Einstein para despistados)