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De tudo e de nada, discorrendo com divagações pessoais ou reflexões de autores consagrados. Este deverá ser considerado um ficheiro divagante, sem preconceitos ou falsos pudores, sobre os assuntos mais variados, desmi(s)tificando verdades ou dogmas.
O dia 30 de setembro do ano 1888 é para Nietzsche o último dia do Cristianismo e o primeiro de uma Nova Era. Foi o dia em que terminou de escrever este livro. A ausência da vontade de poder levará a nossa civilização à decadência de forma inexorável. A espécie humana busca a longevidade, o crescimento em número e em força. Todos estes valores humanos conduzem-nos ao vazio e à ausência de qualquer meta realmente importante. Não encontramos uma razão para a nossa existência mais além da própria biologia inerente em todos os animais que habitam este planeta azul. Nascemos, tratamos de viver o melhor possível, reproduzimo-nos e convertemo-nos em pó. O Deus Cristão é a devoção ao nada, unicamente promessas de um futuro melhor que ninguém conhece, que se encontra por detrás da morte, difíceis de revogar mas também árduas de crer. O Cristianismo mostra-nos um mundo infestado de mitos que nega e adultera todo o real. Tudo é etéreo e efémero na terra, ao passo que o eterno só chegará depois da morte. Segundo Nietsche Jesus viveu uma existência interiorizada, una religião pessoal e não compartida. Fala-nos de um Cristianismo cheio de ressentimento e vingança para com aqueles que não o compartilham. A religião que nós consideramos Cristã foi uma invenção do Apóstolo Paulo depois da morte de Jesus Cristo. O livro não teve praticamente nenhuma repercussão na sua época, unicamente foi estudado em alguns ambientes teológicos.