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De tudo e de nada, discorrendo com divagações pessoais ou reflexões de autores consagrados. Este deverá ser considerado um ficheiro divagante, sem preconceitos ou falsos pudores, sobre os assuntos mais variados, desmi(s)tificando verdades ou dogmas.
"O papa apoia o uso do preservativo apenas para a prostituição. Ratzinger insiste, porém, que "não é o caminho adequado para superar a propagação da SIDA". "Pode haver casos concretos em que está justificado o uso de preservativo." São palavras do Papa Bento XVI recolhidas no livro-entrevista a ser publicado na próxima terça-feira em todo o mundo e do qual o L'Osservatore Romano, o jornal do Vaticano, adiantou ontem algumas passagens. É a primeira vez na história da Igreja que um pontífice se abre ao uso do preservativo, mesmo que parcialmente, em algumas "singulares" circunstâncias. "Por exemplo, quando um(a) prostituto(a) usa um preservativo e este pode ser o primeiro passo em direção a uma moralização, um primeiro acto de responsabilidade para desenvolver novamente a consciência de que nem tudo é permitido e de que não se pode fazer tudo o que se quiser" especifica o papa alemão. "No entanto, esta não é a maneira apropriada e verdadeira para vencer o contágio da SIDA. Realmente, é precisa uma humanização da sexualidade", continua o Pontífice.
Bem, a Igreja já está dando o primeiro passo: admite, apenas para a prostituição, o uso do preservativo. Acabará rectificando totalmente, sob pena de continuar a perder a credibilidade. É que o sexo não se destina apenas à geração da prole. Tem a ver, e muito, com o estado psicossomático do casal onde estão em causa factores como intimidade, cumplicidade, equilíbrio fisiológico e emocional... Também é por aqui que passa a "humanização da sexualidade". Contrariamente ao que pensa a hierarquia eclesiástica, o sexo é também humano, demasiadamente humano.