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De tudo e de nada, discorrendo com divagações pessoais ou reflexões de autores consagrados. Este deverá ser considerado um ficheiro divagante, sem preconceitos ou falsos pudores, sobre os assuntos mais variados, desmi(s)tificando verdades ou dogmas.
O SEXO É A ENGRENAGEM QUE MOVE O MUNDO, mas também é a fonte de muitos dissabores e decepções. Em suas obras de teatro, Oscar Wilde ironizava o falso romantismo com que muitas vezes disfarçamos o que é apenas desejo.
Ele não foi o primeiro a assumir essa opinião, mas afirmava que estar apaixonado é exagerar a diferença entre a pessoa amada e o restante da humanidade.
Um artista contemporâneo que trata com humor o sexo e seus disfarces é Woody Allen. Em seu filme A última noite de Boris Grushenko, uma das personagens faz o seguinte discurso sobre o amor:
Amar é sofrer. Para evitar o sofrimento, não se deve amar. Mas, então, sofre-se por não amar. Portanto, amar é sofrer, não amar é sofrer, sofrer é sofrer. Ser feliz é amar; logo, ser feliz é sofrer. Mas o sofrimento deixa a gente infeliz, portanto para ser infeliz deve-se amar, ou amar para sofrer, ou sofrer por excesso de felicidade. Espero que você esteja entendendo.
Se você não quiser cair nessa confusão, saiba distinguir o que é sexo dos sentimentos realmente sublimes.
(Allan Percy - "Oscar Wilde para inquietos")