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De tudo e de nada, discorrendo com divagações pessoais ou reflexões de autores consagrados. Este deverá ser considerado um ficheiro divagante, sem preconceitos ou falsos pudores, sobre os assuntos mais variados, desmi(s)tificando verdades ou dogmas.
"Não se pode confiar o destino da humanidade ao dogma e ao programa neo-liberalista, que vê a solução para todos os problemas no crescimento de um mercado auto-regulado, finalmente livre de obstáculos desnecessários e perigosos para o progresso da globalização. Aconteça o que acontecer, deve haver um espaço da "política", que "une" os seres humanos, perseguindo e respeitando os critérios de ética e de justiça."
Quem realmente tem o poder hoje no mundo globalizado? Os governos dos Estados, com os seus líderes políticos? Ou talvez, as grandes multinacionais, os supermanagers dos salários milionários, os novos ricos como o Bill Gates? Ou talvez o poder anónimo, misteriosa dos grandes negócios? O justo equilíbrio entre o poder político e poder económico é uma questão sobre a qual os filósofos refletem desde os tempos da Grécia antiga, mas que com a recente crise financeira global está de volta com novidades explosivas. Historicamente, começando com Aristóteles e Hobbes, os filósofos sempre privilegiaram o “homo politicus” comparado ao “homo oeconomicus”. O triunfo do mercado parece ter quebrado este equilíbrio. Hoje é posta em questão a própria idéia de soberania: a criação de instituições supranacionais cada vez mais poderosas e necessárias (dada a escala global de muitos problemas) e as pressões para a descentralização têm reduzido o poder dos antigos Estados, que tem cada vez menos influência no que diz respeito à economia e às finanças. No entanto, argumenta vigorosamente Massimo Terni, não podemos fazer nada sem a política. Porque não podemos confiar cegamente no pensamento único neoliberalista. Porque somos cidadãos e não simples consumidores de um "produto político". Porque deve haver uma diferença entre o capital limpo e o sujo gerenciado por máfias internacionais com violência. Porque queremos viver numa sociedade que respeite a ética e a justiça.