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De tudo e de nada, discorrendo com divagações pessoais ou reflexões de autores consagrados. Este deverá ser considerado um ficheiro divagante, sem preconceitos ou falsos pudores, sobre os assuntos mais variados, desmi(s)tificando verdades ou dogmas.
Eu nunca tive um emprego de verdade. Já trabalhei, mas emprego mesmo, nunca.
Para mim, a coisa mais chata que descobri naqueles dois meses em que eu trabalhei num escritório é que, quando a gente aparece de manha e diz “oi” para todo mundo, depois por algum motivo tem que continuar cumprimentando aquelas pessoas toda vez que passa por elas. Você entra de manha: “Bom dia, Osvaldo. Tudo bem?” “Tudo bem.” Dez minutos depois, você vê o cara no corredor e diz de novo: “Tudo bem?” Eu já sei que está tudo bem, ele me disse. Mas tenho de dizer aquilo de novo, toda vez que encontro o Osvaldo. Então a gente tem que ficar inventando cumprimentos diferentes. “Fala.” Ou, então, um sorrisinho e um levantar de sobrancelhas. Aquele “Opa” baixinho com um princípio de sorriso. Se o corredor for estreito, então, graças a Deus, você pode variar: “Dá licença.” Mas tem de ser com um sorriso. A sílaba “cen” tem de ser mais aguda. Se você é amigão dele, pode optar por “Opa, tá apertado aqui.” Isso é popular. Se você passa por uns três ou mais homens, um sorrisinho com um “ssss” é sofisticado. Referências ao dia da semana são sempre boas, especialmente segunda ou sexta, por causa daqueles sentimentos obrigatórios. Em relação a elas qualquer menção do fim de semana para agradar às pessoas: “Bom fim de semana?” “Teve um bom fim de semana?” As pessoas gostam de qualquer coisa que tenha fim de semana no meio. Quinta-feira é bom para “Mais um dia”, que geralmente provoca a resposta “E isso aí.” Quarta-feira é “Dia chato”. “Ah, isso é.”
A gente devia combinar que todo mundo vai dizer “Oba” sempre que passar pelos outros. “Oba, oba.” Assim, ninguém precisa fundir o cérebro bolando cumprimentos cada vez que quiser ir ao banheiro.
Outro dia, eu estava vendo um filme sobre a Segunda Guerra Mundial, com nazistas na história. E eu reparei que os nazistas sempre tinham dois “Heils” diferentes. Um era aquele normal, e outro era um bem informal, quando estavam no escritório. Em vez do braço esticado, um mostrava a palma da mão para o outro. Lembra? Eles entram no escritório e “Olá, Heil, como vai? O garoto já trouxe o café? Você acabou de usar a copiadora?” Então tá, dominação do mundo, raça ariana, essa história toda. “Heil, legal te ver. Me dá uma mordidinha desse biscoito?”
Francamente, não acredito que as pessoas pensem em seu escritório como um lugar de trabalho. Acho que pensam nele como uma mistura de papelaria com delicatessen. Você vai, leva os docinhos, os envelopes e o bloquinho, toma seis xícaras de café e vai para casa.
Gosto de quase todo tipo de trabalho. Não sei qual é o meu problema, mas já aprendi a não falar sobre isso, porque as pessoas ficam incomodadas.
Uma coisa importante do show business: A palavra “trabalho” tem uma conotação completamente diferente. No show business, se você está trabalhando é bom. Se você não está trabalhando, é mau. Exatamente ao contrário dos empregos normais .
Há sempre uma tremenda pressão sobre as pessoas nos locais de trabalho: todo mundo tem de detestar o trabalho, tem de detestar seu emprego e cada segundo que passam trabalhando é puro sofrimento.
Por que os caras que trabalham em escritórios têm retratos de sua família nas mesas? Será que é para não esquecer que são casados? Será que eles dizem para si mesmos: “Oba, cinco da tarde. Hora de ir para os bares pegar umas putas. Espera aí, olha esse retrato! Eu tenho mulher e três filhos! Tinha me esquecido! É melhor ir para casa.”
(Jerry Seinfeld - "O melhor livro sobre nada")
Num verão, um amigo meu escreveu-me de Paris. Começava assim: "Cá estou no meio desta 'salgalhada' parisiense de livros, intelectuais, 'gays', putas, mulheres emancipadas, pedintes, 'clochards' e clérigos, que humildemente se perguntam em 'placards': "Se Deus existe, por que é que o mundo não é outro, e se não existe, por que é que continua universal e imparável a fome religiosa?"
Afinal, onde está Deus?
Deus está, antes de mais, precisamente nesta própria pergunta. Enquanto houver homens, hão-de confrontar-se com os enigmas do tempo e do amor e da morte, com a pergunta pela origem e pelo sentido último da realidade, e, consequentemente, com a questão de Deus. Suponhamos uma sociedade onde não existisse sequer a palavra Deus. O que é que aconteceria, se a simples palavra "Deus" deixasse de existir? Respondeu o famoso teólogo Karl Rahner: "Então o homem já não ficaria situado perante o todo da realidade enquanto tal, nem perante o todo uno da sua existência enquanto tal. Pois isto é o que faz a palavra “Deus” e só ela (...). Não notaria que já só pensa perguntas, mas não a pergunta pelo perguntar em geral. (...) O homem teria esquecido o todo e o seu fundamento e teria ao mesmo tempo - se é que assim se pode dizer - esquecido que esqueceu. Que seria então? Apenas podemos dizer: deixaria de ser homem. Teria realizado uma evolução regressiva, para voltar a ser um animal hábil. (...) o homem só existe propriamente como homem quando diz “Deus”, pelo menos como pergunta (...). A morte absoluta da palavra “Deus”, uma morte que eliminasse até o seu passado, seria o sinal, já não ouvido por ninguém, de que o homem morreu."
Deus, onde está Deus? Deus está no mundo e na história humana como sua origem viva radical, fundo abissal divino criador e impulsionador, envolvente radical e último, que a tudo dá sentido. Deus está no mundo e na história humana como seu dinamismo mais íntimo e promessa viva de realização plena.
Deus manifesta-se em toda a beleza e em toda a criação. No mais simples gesto de amor, Deus está presente. Deus é o Invisível último que torna visível tudo o que se vê.
Deus está em todo o mal enquanto Antimal, como Companheiro que está presente no nosso sofrimento para o superarmos e nas nossas lutas para a libertação.
Deus está na morte como esperança e o "além" de todos os limites.
E se os crentes andarem enganados? Se precisamente no instante da morte lhes fosse revelado que não há Deus? O filósofo Auguste Valensin respondeu que não se arrependeria de ter acreditado, que tanto pior para o universo se não tem um sentido último, que afinal o mal não está em nós por termos acreditado que Deus existe, mas em Deus por não existir. A mesma resposta deu Simone Weil, a filósofa e mística: não se arrependeria por ter acreditado, pois "Deus é o bem" e, orientando assim a vida, "nenhuma revelação no momento da morte pode provocar desgosto" ou arrependimento.
(Anselmo Borges - "Janela do (In)Visível")
Não se culpe pelo que fez no passado ou pelo que faz no presente. Se fez, está feito. Se ainda faz, não faça mais e assuma as conseqüências por isso. Lembre-se de que os erros cometidos são lições aprendidas.
O passado culposo e que se deseja esquecer representa o campo da experiência que se viveu, porém, não é a mancha eterna que nos macula a alma. A mácula em nós é a ignorância de acreditar que não temos direito à felicidade. Não há futuro sem passado e todo passado está revestido de ignorância. Não há quem não tenha vivido experiências equivocadas. Na Terra, ninguém esteve, ou está, livre de viver experiências consideradas transgressões à ordem vigente. Transgressões ou não, temos que aprender a vivê-las conscientemente.
Olhando para nosso passado temos, hoje, a clareza de ver que erramos, porém, na época agimos como sabíamos ou tínhamos condições. No futuro, avaliaremos o que fazemos hoje e poderemos também perceber os equívocos ou o que poderia ter sido evitado. Arrepender-se do que se viveu é inevitável, mas o arrependimento só surge mediante a ampliação da consciência e da capacidade de amar. Muitas coisas que nos serviram ontem não nos servem hoje e isso evidencia que hoje somos melhores do que ontem. A culpa impede que percebamos o movimento da vida com liberdade e com o sentimento de realização íntima.
Nossa ignorância nos leva a criar juízes implacáveis na consciência que, de fato, não existem. Eles são frutos da educação, da cultura e de nossa ignorância quanto a nós mesmos. Precisamos colocar na consciência um Criador amoroso e benévolo, compreensivo e paciente, para que não nos punamos por tão pouco. Tais juízes não são maus em si, mas se transformam por conta de nossa facilidade em dar-lhes o poder de nos comandar. Não vivemos sem eles, mas, lhes atribuímos um caráter absoluto.
(Adenauer Novaes - "Felicidade sem culpa")
A honra de um homem não depende do que faz, senão do que sofre, daquilo que acontece com ele. Segundo os princípios de honra que temos discutido e que reinam em todo lugar, isso depende única e exclusivamente daquilo que o homem, em si mesmo, diz ou faz. Por outro lado, a honra cavalheiresca depende do que outrem diz ou faz. Assim, está nas mãos, e mesmo na ponta da língua, de todos, e se algum indivíduo decide aproveitar a oportunidade, a honra pode ser perdida para sempre, a menos que o ofendido retribua a violência através do método que veremos a seguir. Não obstante, este procedimento só pode ser realizado em risco da vida, da liberdade, da fortuna e da paz da alma. Consequentemente, ainda que a conduta de um homem fosse a mais nobre e mais respeitável, sua alma fosse a mais pura e seu cérebro o mais eminente, isso não o impediria de perder sua honra assim que um indivíduo qualquer se sentisse inclinado a insultá-lo. O insultante só não pode ter violado os preceitos da honra, porém, no mais, pode ser o patife mais vil, o bronco mais estúpido, um vagabundo, um jogador, um homem cheio de dívidas, em suma, um ser indigno de qualquer consideração por parte de outro homem. Na maioria dos casos, tal indivíduo será uma criatura a quem agrada insultar, porque, como Sêneca observou corretamente, ut quisque contemtissimus et ludibrio est, ita solutissimae linguae est [quanto mais desprezível e ridículo é um homem, menos freio tem sua língua. (De constantia, II)]. Tal criatura se irritará com a maior facilidade pelo homem que temos descrito acima, pois homens de preferências contrárias odeiam-se, e a vista das qualidades superiores comumente faz nascer uma raiva calada na alma dos miseráveis. Por isso Goethe disse:
Was klagst du über Feinde? Sollten solche je werden Freunde, Denen das Wesen, wie du bist, Im stillen ein ewiger Vorwurf ist?
[Por que te queixas de teus inimigos? Poderiam jamais ser amigos teus homens para os quais uma natureza como a tua é, em secreto, uma acusação eterna? (Westöstlicher Diwan)]
Vemos o quanto as pessoas dessa classe devem gratidão ao princípio da honra, visto que as põe ao nível das que lhes são superiores em todos os sentidos. Se um indivíduo assim lança uma injúria, isto é, atribui ao outro alguma qualidade má, esta é considerada provisoriamente um juízo verdadeiro e fundado, um decreto com toda a força da lei; de fato, o insulto permanece verdadeiro e válido para sempre, a não ser que seja imediatamente lavado com sangue. Assim, o insultado permanece (aos olhos de todos os “homens de honra”) aquilo que o insultante (ainda que esse seja o mais depravado dos homens) afirmou a seu respeito; porque “engoliu a afronta” (esse é o terminus technicus). Desde logo, “os homens de honra” o desprezarão profundamente e o evitarão como a uma praga; por exemplo, se negarão, em voz alta e publicamente, a ir a uma reunião onde esse seja bem recebido, e assim por diante. Creio que posso com certeza fazer remontar a origem desse louvável sentimento ao fato de que na Idade Média até o século XV (segundo C. G. von Wächter em Beiträge zur deutschen Geschichte, besonders des deutschen Strafrechts, 1845), nos processos criminais, não era o acusador quem tinha de provar a culpa do acusado, mas o acusado quem tinha de provar sua própria inocência. Isso poderia ser realizado através do juramento de purgação, o qual, não obstante, necessitava de testemunhas (consacramentales). Estas juravam estar convencidas de que o acusado seria incapaz de um perjúrio. Se o acusado não tivesse testemunhas, ou se o acusador não as admitisse, então intervinha o juízo de Deus, que comumente consistia em um duelo. O acusado, pois, se convertia em um desgraçado [bescholten] e devia se redimir. Eis aqui a origem dessa noção de desgraça e de todo esse procedimento que mesmo hoje ainda se pratica entre os “homens de honra”, exceto pelo juramento. Isso nos explica também a profunda indignação com a qual os “homens de honra” recebem a acusação de mentira, pela qual exigem uma vingança sangrenta. Isso parece algo muito estranho tendo em vista que a mentira é coisa do dia-a-dia, mas o fato elevou-se à altura de uma superstição profundamente arraigada, especialmente na Inglaterra. (Todo aquele que ameaça de morte aquele que lhe acusa de mentira deveria, na realidade, não haver mentido nunca em sua vida.) Assim, nesses processos criminais da Idade Média, havia um procedimento ainda mais breve, e consistia em o acusado replicar que acusador era um mentiroso, sendo que então se apelava imediatamente ao juízo de Deus. Está, pois, escrito no código da honra cavalheiresca que a acusação de mentira deve ser imediatamente seguida de um apelo às armas. Isso basta em relação aos insultos. Há algo ainda pior que o insulto, tão terrível que devo me desculpar aos “homens de honra” pela sua simples menção neste código de honra cavalheiresca. Sei que apenas pensar nisso faz com que sintam a pele arrepiar e o cabelço eriçar, visto que é o summum malum, o maior de todos os males da terra, mais terrível que a morte e a condenação. Desse modo, horribile dictu, pode acontecer de um indivíduo dar em outro um tapa ou um golpe. É uma catástrofe tão terrível e produz uma extinção tão completa da honra que, apesar de todas as outras lesões à honra poderem ser curadas pelo derramamento de sangue, esta exige como cura um golpe mortal.
(Arthur Schopenhauer - "Aforismos para a sabedoria de vida")
Com as novas liberdades do fim da década de 90 e na entrada do terceiro milênio, se tornou menos necessário mentir para escapar às admoestações da moral e os freios da religião, ao tomar outras formas, muitas vezes fugindo do domínio dos preconceitos, exprimindo livremente todo o pensamento com a evolução da sociedade civilizada, multiplicando amplamente as relações, as exigências e as convenções sociais.
Não se sabe, entretanto, se foi a saturação da mentira que levou a sociedade a ela, se o perigo que corria pelo fato de que a ciência só chega quando há uma premência pelo medo do inevitável, ou de que fosse um meio e instrumento de interesse que favorecesse quase que exclusivamente o lucro na economia e fizesse com que a cultura ficasse atrás, em paralelo com a sociedade inculta com sua mente primitiva, e que sobrevivesse por intermédio de seus instintos, em uma censura indevida à civilização.
No entanto, como meio fácil e ao alcance de todas as inteligências, a mentira tornou-se a arma mais comum para sustentar a concorrência no campo da indústria, da arte, da política, das profissões liberais e de outras humildes ocupações. O indústrial que gaba os seus produtos, o artista que celebra os seus triunfos, o deputado que procura agradar aos eleitores, o demagogo que catequiza as massas e as inebria com a essência de ideais ditos por ele, mas que é ele o primeiro a não acreditar, não fazem, habitualmente, nada que não seja mentir o tempo todo. O advogado para livrar alguém da cadeia, o médico que subtrai-se ao dever imposto pelo sentimento para poupar uma dor ou a uma doença rebelde, para acalmar uma ansiedade incomoda, para afastar uma apreensão angustiosa; o jornalista para alarmar uma população; o policial para enfrentar uma situação de pânico, na realização da sua atividade, são todos, muitas vezes, forçados a mentir.
Não raro mente o sacerdote que deve pregar a verdade; mente o cientista, austero investigador da verdade científica; mente o pai para a mãe e os filhos; o filho para com o pais, pois que estes sempre fazem questão do respeito de seus filhos, mesmo que falso, usando de todos os meios: chicote, castigos, reprimendas, etc. Com freqüência o amigo recorre à desculpa hipócrita para obter a tolerância ou o perdão do companheiro. Mentem os amantes que não se amam e que são motivos para tantos casos relatados nos jornais.
Atores consumados na arte da simulação, limitam-se a recitar a vil comédia da paixão. As cenas de lágrimas, que despedaçam e agitam a pequena burguesia, não passam de um imenso viveiro de falsidades e de ficções.
(Albertino Aor da Cunha - "A mentira nua e crua")
As mudanças mais radicais no comportamento psicológico deram-se em grupos cuja constituição biológica não se modificou de maneira apreciável. Isto pode ser profusamente exemplificado no nosso próprio fundo cultural. A civiliação europeia esteve tão sujeita a .um comportamento místico, a epidemias de fenómenos psíquicos, na Idade Média, como o esteve no século XIX, ao mais seco materialismo. A cultura mudou de preconceitos sem ter correspondentemente mudado de constituição racial do grupo.
Mas as interpretações do comportamento em termos de cultura não têm necessidade de negar que também nele entra em jogo um elemento fisiológico. Negá-lo resulta de uma defeituosa interpretação das explicações em termos de ciência. A biologia não nega a química, ainda que esta seja insuficiente para explicar os fenómenos biológicos. Mas a biologia também não é obrigada a trabalhar segundo fórmulas químicas só porque reconhece que as leis da química estão na base dos fenómenos biológicos. Em cada campo da ciência é necessário insistir nas leis e resultados que mais adequadamente explicam as situações que se estudam, e no entanto insistir também em que existem outros elementos, ainda que se possa provar que não têm importância capital no resultado final. Notar, pois, que as .bases biológicas do comportamento cultural na humanidade são na sua maior parte irrelevantes, não é negar que existam. É apenas insistir no facto que,:os factores.históricos, são os que imediatamente actuam.
A Psicologia experimental foi forçada a uma .atitude desse género, .mesmo em estudos relativos .à nossa própria cultura. Experiências importantes recentes, referentes a feiçõesda personalidade, mostram que o que é crucial, mesmo em feições da .honestidade e das actividades orientadoras da chefia, são as determinantes sociais. Ser honesta numa situação experimental, quase não dava qualquer indicação sobre se a criança roubaria ou não, noutra situação. Conclui-se que :não havia pessoas honestas-desonestas, mas sim situações honestas-desonestas. Da mesma maneira, no estudo de chefes, provou-se não haver feições uniformes que pudessem ser apresentadas como padrão, mesmo na nossa sociedade. A função desenvolvia o chefe, e as suas qualidades eram as que a situação punha em destaque. Nestes resultados «situacionais», transparecia cada vez com maior clareza que a conduta social, até numa sociedade escolhida, é «não simplesmente a expressão de um'"mecanismo fixado que predetermina um modo de conduta, específico, mas antes um conjunto de tendências que o problema específico que se nos apresenta faz surgir de maneiras variáveis».
(R. Benedict - "A natureza da sociedade")