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De tudo e de nada, discorrendo com divagações pessoais ou reflexões de autores consagrados. Este deverá ser considerado um ficheiro divagante, sem preconceitos ou falsos pudores, sobre os assuntos mais variados, desmi(s)tificando verdades ou dogmas.
O papa não estava contando uma piada misturando fé, Deus e lugar fixo. Uma igreja que fala de Deus sem luta pelo direito ao trabalho não tem credibilidade. Mas o papa, deve notar-se, falava com seriedade. O fato é que ele, um homem que não sabe o que é a pobreza ea insegurança, fala sobre o trabalho e todos os problemas como aquele que vive noutro mundo, "no palácio"... De certos problemas não te apercebes até que pagas as contas da renda da casa, luz, gás, resíduos urbanos, aquecimento, limpeza, escadas, elevador, telefone, internet, celular ou telemóvel ... Apercebo-me que a grande maioria dos padres e frades vivem noutro mundo e depois dizem disparates porque falam sobre coisas de que não têm a menor idéia. São garantidos por uma multinacional do sagrado, se não forem desobedientes. Se tenho que pagar todos os meses 1140 € de despesas fixas (e a minha pensão não chega a metade) só para a casa e dependências que acabamos de mencionar, não faço as divagações do papa.
Viver a vida material concreta confere um jeito diferente de falar de Deus, da fé. Ora, se não tiveres um emprego, se um jovem não tem um futuro próximo, uma base para viver, o seu relacionamento com Deus pode ser varrido pelo desespero. Quem vive na riqueza, não pode entender a nossa vida. Com um equívoco espantoso: eles são os homens "espirituais" que lidam com as coisas elevadas, sublimes e angelicais. Nós, pessoas comuns que, até ao dia 5 de cada mês temos que pagar a renda, lidar com electricidade, gás ... (e, depois, comer e pagar ou os medicamentos ou o bilhete de transporte ...) somos considerados como seres atravessados por contradições materiais...
Como é estranha a nossa igreja... e, depois, vemos o Papa vestir Prada, etc.