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De tudo e de nada, discorrendo com divagações pessoais ou reflexões de autores consagrados. Este deverá ser considerado um ficheiro divagante, sem preconceitos ou falsos pudores, sobre os assuntos mais variados, desmi(s)tificando verdades ou dogmas.
A pretexto de escândalos pedófilos no seu seio, a Igreja Católica, segundo os seus seguidistas e apoiantes, está a sofrer um dos muitos ataques previstos pelo seu fundador. Perseguição rotineira quotidiana, portanto, nada de novo sob o sol: as forças "diabólicas" fazem o seu trabalho. Segundo essa carneirada de seguidistas, o que precisamos saber sobre os "inquisidores secularistas" do terceiro milénio é que a prática da pedofilia é pregada e defendida pelos seus próprios referenciais culturais. Para dar apenas alguns exemplos, sem qualquer pretensão de ordem no tempo:
* Rousseau, profeta da Educação relativista e Iluminista, comprou por alguns francos uma menina de dez anos para animar sexualmente as suas noites.
* Dacia Maraini, na esteira dos filósofos iluministas que praticavam sexo com os filhos, argumentou que o incesto é uma prática natural.
* Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Michel Foucault, Jack Lang, futuro ministro francês, assinaram uma petição em que se exigia a legalização de relações sexuais com menores.
* Daniel Cohn-Bendit, líder dos Verdes em Bruxelas e um dos líderes do Maio de 1968, disse ter tentado e promovido a pedofilia e o sexo com menores na escola, como professor.
* Aldo Busi explicou que a idade para relações homossexuais, que ele retém como lícitas, é permitida a partir da idade de treze anos, porque nessa idade um rapaz, diz, seria adulto e livre de decidir ter relações sexuais com outro homem.
* Nichi Vendola, governador da Apúlia, em Itália, numa entrevista ao jornal a Repubblica, em 1985, afirmava: "Não é fácil abordar um tema como a pedofilia, por exemplo, o direito das crianças a ter a sua sexualidade, de terem relações entre si, ou com adultos, enquanto aqueles que lidam com a sexualidade sempre a viram em relação à família.
* Os radicais italianos organizaram uma conferência, a 27/10/1998, nas salas do Senado, cuja apresentação dizia: "Ser pedófilo não pode ser considerado um crime; a pedofilia torna-se um crime, quando se prejudica outras pessoas.” Como querendo dizer que a pedofilia é permitida, desde que a criança consinta e que a lei o permita.
* A Internacional dos Gays e Lésbicas (ILGA) colaborou politicamente e culturalmente com os pedófilos Americanos (NAMBLA North American Man-Boy Lovers Association) durante dez anos, antes de separar-se deste movimento.
* O filósofo homossexual Mario Mieli alegou a função redentora da pedofilia. Nas suas obras (consideradas a bíblia dos gays) são recomendadas como experiências redentoras a promover, além da pedofilia, a necrofilia e a coprofagia.
* As Associações Homossexualistas (COC), fundadas por Jef Last (pedófilo homossexual e amigo de André Gide) nos Países Baixos, quiseram e conseguiram a descriminalização do contato sexual com meninos maiores de 12 anos. Em 1990, de facto, tinha sido descriminalizado na Holanda, o contato sexual (heterossexual e homossexual) com indivíduos com mais de 12 anos: a condição era o consenso do jovem ou da jovem e o nihil obstat dos pais.
É sem dúvida verdade, como disse Ratzinger ainda cardeal, que na igreja ainda há muito lixo, mas é igualmente verdade que do outro lado (a " inquisição secular") há um aterro de escala colossal.
Esta visão maniqueísta do mundo (os bons de um lado e os maus do outro) já vem da antiguidade, está na génese da Santa Inquisição da Igreja romana e foi sempre uma estratégia dessa mesma igreja: dividir para reinar! Não é de estranhar que os seus seguidistas continuem a adoptá-la e, enquanto tal, nada de novo sob o sol. O que é de estranhar é essa saudade dos velhos tempos inquisitoriais da santa madre igreja! Mas, não é por aí que vamos. Neste fenómeno da pedofilia, não poderemos de forma alguma ilibar a Igreja romana das suas responsabilidades, pois erigiu-se como guia moral e religiosa do Mundo e, como tal, no seu seio, a pedofilia e outros escândalos contradizem aquilo que ela mesma prega e pretende mostrar ser. Mais, o fenómeno da pedofilia na igreja romana não se restringe apenas a casos pontuais, mas é uma verdadeira doença orgânica, endémica à igreja, e, como tal, não pode ser vencida pela ação hipócrita de censura, reprovação e condenação do Vaticano. E o pior é que já não há água-benta que lhe valha!