Querer reduzir a pedofilia dos padres a simples “pecado” atribuível às tentações de um demônio imaginário, como tantas declarações emanadas pela Igreja parecem indicar, é uma alteração aberrante da realidade. E no passado, postos ao corrente de abusos no confronto de crianças por obra destes “predadores” de batina, os seus superiores hierárquicos tornaram-se responsáveis de uma incrível tolerância que configura o crime de conivência: em muitíssimos casos, limitaram-se a transferir os “pecadores” – na realidade “predadores” – para um novo rebanho que acabou por fornecer outras vítimas a estes lobos travestidos de pastores de almas.
Os sacerdotes têm uma missão espiritual. Pregam a moral cristã. Celebram a inocência. Crêem no juízo de um Deus que vê tudo e que punirá no além os pecadores.