Durante demasiados anos, durante séculos e milénios cuja história desconhecemos, Deus e a religião foram incompreendidos, distorcidos e conscientemente manipulados pela humanidade. O nome de Deus, talvez o símbolo supremo da paz, do amor e da compaixão, foi invocado para desencadear inúmeras guerras, assassinatos e genocídios. Hoje em dia, no dealbar do século XXI, as guerras "santas" infectam o nosso planeta como uma praga da época medieval. Como é que uma guerra pode alguma vez ser santa? Os termos são contraditórios, um oximoro horrível, um pecado absoluto, superficialmente disfarçado por uma racionalização manipulativa.
Deus é paz: Deus é amor. Esquecemo-nos, visto que fomos criados à Sua imagem, que Deus está nos nossos corações e que também nós somos criaturas de paz, seres de amor e divindade. Só pode haver uma única religião, porque só existe um Deus, o Deus de todos nós. Devemos amar-nos uns aos outros porque o amor é o caminho de regresso a casa. De outra forma, como as crianças de escola teimosas, seremos condenados a repetir ano após ano, até aprendermos a lição do amor.
Somente quando nos libertarmos dos nossos medos, quando encararmos as pessoas seguidoras de outras religiões como nossos iguais, como almas companheiras no caminho para o céu, somente então poderemos ser verdadeiros seres de amor, num sentido incondicional. Somos todos iguais; andamos todos a remar no mesmo barco. Nas nossas várias encarnações, já pertencemos a todas as religiões, a todas as raças. A alma não tem raça, não tem religião. Só conhece o amor e a compaixão.
(Brian Weiss - "A Divina Sabedoria Dos Mestres")